Coronavírus não foi feito em laboratório, mostra estudo
Uma análise de cientistas de universidades dos Estados Unidos, Inglaterra e Austrália conclui que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi originado naturalmente, através de seleção natural, e não em um laboratório, como diziam algumas teorias da conspiração que circularam recentemente.
O
estudo, publicado nesta terça (17) na revista científica Nature
Medicine, contribui para esclarecer especulações sobre uma suposta
manipulação do coronavírus pela China, que teria objetivo de obter
vantagens econômicas em um cenário de crise mundial.
"Nossas
análises claramente mostram que o SARS-CoV-2 não é uma construção de
laboratório ou um vírus manipulado propositalmente", diz o artigo.
A
partir do estudo da estrutura do novo coronavírus e de experimentos
bioquímicos, os cientistas perceberam duas características que não
poderiam ser produzidas em laboratório.
Uma
delas é a estrutura central do organismo, que é distinta de outros
vírus. Segundo os cientistas, a manipulação de um vírus em laboratório
partiria da estrutura de outro vírus com efeito conhecido.
A
segunda novidade deste coronavírus é o seu domínio de ligação ao
receptor (RBD, na sigla em inglês). Ele tem alta afinidade com as
células receptoras humanas --assim como células de gatos, furões e
outras espécies. Ou seja, sua transmissão é altamente eficiente.
Segundo
o estudo, a evolução que permitiu ao coronavírus se conectar mais
facilmente com seus hospedeiros se deve à seleção natural, em que a
espécie passa por diversas mutações espontâneas, de forma que vão
sobreviver as versões que melhor se adaptarem ao ambiente.
Na sua versão mais bem-sucedida, o novo coronavírus ganhou a capacidade de se conectar facilmente com o corpo do seu hospedeiro.
Ainda
não há uma determinação da origem do vírus, mas o estudo trabalha com
dois cenários: ele pode ter se desenvolvido a partir de hospedeiros
humanos ou de outras espécies, como o morcego e o pangolim.
Populações
dos dois animais presentes na região de Cantão, na China, carregam
versões do coronavírus muito parecidas com o SARS-CoV-2, que gerou a
pandemia.
O
estudo é assinado por Kristian G. Andersen (Scripps Research Institute,
Estados Unidos), Andrew Rambaut (Universidade de Edinburgh, Reino
Unido) W. Ian Lipkin (Universidade Columbia, Estados Unidos), Edward C.
Holmes (Universidade de Sidney, Australia) e Robert F. Garry
(Universidade Tulane, Estados Unidos).
* Com informações da Folhapress
Medico falando sobre o vírus assista
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Reviewed by Anônimo
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março 19, 2020
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